quinta-feira, 31 de julho de 2014

Tecido Muscular Estriado Cardíaco e Tecido Muscular Liso

Tecido Muscular Estriado Cardíaco
Aspecto da célula e características
  1. Células cilíndricas, ramificadas (10-20 µm de diâmetro e 85-100 µm de comprimento), com extremidades irregulares, normalmente um núcleo central e o citoesqueleto forma estriações transversais no citoplasma, como no estriado esquelético.
  2. Em corte transversal as células se apresentam justapostas, com contornos irregulares e perfis em vários tamanhos.
Componentes da Fibra Muscular Cardíaca
  1. Nas extremidades das células ocorrem os discos intercalares, junções intercelulares complexas, que atuam tanto na adesão, como na comunicação, possibilitando o funcionamento coordenado do tecido (contração em sincronia). Os discos intercalares aparecem como linhas retas ou exibem um aspecto em escada (escalariforme).
  2. Apresenta túbulos T.
  3. Retículo sarcoplasmático menos desenvolvido que no estriado esquelético. Cálcio para contração provém principalmente do meio extracelular.
  4. Outros nomes conhecidos: fibra muscular cardíaca, célula do miocárdio, miócito, cardiócito ou cardiomiócito.
Tecido Muscular Liso
músculo liso é formado por células longas e fusiformes com um único núcleo central. Estas fibras musculares estão dispostas em camadas na parede do tubo digestivo, vasos sanguíneos, útero, etc, sendo revestidas e unidas por uma rede delicada de fibras reticulares.
O mecanismo de contração da fibra muscular  lisa se dá através de deslizamentos dos miofilamentos. Sem túbulos T e com o retículo sarcoplasmático (RS) extremamente reduzido, essas fibras têm as numerosas vesículas de pinocitose desempenhando um papel importante na entrada e saída do íon cálcio.
fibra muscular lisa, além da capacidade contrátil, pode sintetizar fibras colágenas, elásticas e proteoglicanas, neste caso seu reticulo endoplasmático rugoso é bastante desenvolvido.
O músculo liso recebe terminações nervosas do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, e não possui placas motoras. Frequentemente, os axônios terminam formando dilatações no tecido conjuntivo localizado entre as fibras musculares lisas.
O músculo liso é responsável por movimentos peristálticos que são contrações lentas e involuntárias em ondas que deslocam o alimento pelo sistema digestório.
No indivíduo adulto, as células musculares lisas mantém a capacidade de se dividir o que permite a regeneração do músculo lesionado.Músculo liso. Foto: Polarlys [GFDL (http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html), CC-BY-SA-3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/) or CC-BY-2.5 (http://creativecommons.org/licenses/by/2.5)], via Wikimedia Commons

Tecido Muscular e Tecido Muscular Estriado Esquelético

Conceito de Músculos:
São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica. 
Funções dos Músculos: 

a) Produção dos movimentos corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr. 

b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. 

c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco. 

d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sangüíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração. 

e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.
Tecido Muscular Estriado Esquelético
Aspecto da célula e características
  1. Células cilíndricas, muito longas (diâmetro de 10 a 100 µm, comprimento 3 a 12 cm) e multinucleadas (núcleos alongados e periféricos).
  2. Citoesqueleto forma estriações transversais no citoplasma.
Componentes da Fibra Muscular Esquelética
  1. Membrana plasmática ou sarcolema, citoplasma ou sarcoplasma, retículo endoplasmático liso ou retículo sarcoplasmático.
  2. Sarcoplasma possui um citoesqueleto desenvolvido, constituído sobretudo por elementos contráteis, as miofibrilas (1 a 3 µm de diâmetro), que se estendem por todo o comprimento da fibra, ficando alinhadas a miofibrilas adjacentes.
  3. Miofibrilas são constituídas por filamentos finos e espessos, organizados em unidades que se repetem ao longo da miofibrila, denominadas de sarcômero.
  4. Esta organização cria um padrão de estriações transversais, faixas escuras (bandas A, onde filamentos espessos e finos se sobrepõem) e claras (bandas I, ao longo da linha Z, onde apenas os filamentos finos estão presentes), observadas na microscopia de luz.
  5. Túbulos T são invaginações na membrana plasmática que penetram no interior da fibra muscular, entre as bandas I e A, sobrepondo-as. Atuam na condução rápida do impulso elétrico, da superfície para o interior célula, permitindo a propagação do potencial de ação.
  6. Retículo sarcoplasmático, responsável pelo armazenamento de íons cálcio, circunda as miofibrilas.
  7. Outras proteínas do citoesqueleto (distrofina, desmina, cristalina, pectina etc.) unem as miofibrilas entre si e na membrana plasmática, criando uma rede protetora contra estresse mecânico.
Tecido Conjuntivo
  1. O tecido conjuntivo se apresenta organizado em três bainhas: epimísio, que circunda todo o músculo; perimísio, que divide o músculo em fascículos; eendomísio, que circunda individualmente cada célula ou fibra muscular.
  2. A fibra é envolta pela lâmina basal.
  3. Função: manter as fibras musculares unidas, permitindo que a força de contratação gerada em cada fibra atue sobre o músculo inteiro. Este papel do tecido conjuntivo tem grande importância porque na maioria das vezes as fibras não se estendem de uma extremidade do músculo até a outra.
  4. É também por intermédio do conjuntivo que a força de contração do músculo se transmite a outras estruturas, como tendões e ossos.
  5. Junção miotendinosa - marca o final da fibra muscular, local de interface de 2 tecidos [fibra muscular e tendão], altamente interdigitada, cujos espaços são preenchidos por colágeno (objetiva aumentar superfície de contato e, com isso, aumenta estabilidade mecânica no local de transmissão de forças). Entretanto, é um ponto de estresse, havendo com frequência lesões musculares por esforço.
  6. Tendões são continuações do tecido conjuntivo da fibra muscular; nesta região o conjuntivo se apresenta denso e modelado.
  7. Vasos sanguíneos penetram no músculo através de septos do tecido conjuntivo.
Localização
  1. Constitui a maior parte da musculatura do corpo, formando o que se chama popularmente de carne.
  2. Recobre totalmente o esqueleto, está presa aos ossos e, ocasionalmente, a pele.
Controle nervoso e Velocidade de contração
  1. Controle voluntário (sistema nervoso somático), contração rápida e vigorosa.
  2. Unidade motora é formada por 1 neurônio motor e todas as fibras musculares por ele inervadas.
  3. Responsável pela movimentação corporalmovimentos voluntários, locomoção, manipulação do meio, expressão facial
Capacidade de regeneração
  1. Fibras musculares não se dividem; entretanto, ocorre no músculo (entre a membrana plasmática da fibra muscular e a lâmina basal) uma população de células tronco, as células satélites ou miosatélite, com capacidade de mitose e, com isso, atuam na regeneração do músculo.

Sistema Linfático e Imunitário

Sistema Imunitário
sistema imunitário ou sistema imunológico ou ainda sistema imune é um sistema de estruturas e processos biológicos que protege o organismo contra doenças. De modo a funcionar corretamente, o sistema imunitário deve detectar uma imensa variedade de agentes, desde os vírus aos parasitas, e distingui-los do tecido saudável do próprio corpo.
Os agentes patogénicos podem rapidamente evoluir e adaptar-se de modo a evitar a detecção e neutralização por parte do sistema imunitário, pelo que os vários mecanismos de defesa também evoluíram no sentido de os reconhecer e neutralizar. Até mesmo os simples organismos unicelulares possuem um sistema imunitário rudimentar, na forma deenzimas que os protegem de infecções por bacteriófagos. Outros mecanismos imunitários básicos acompanharam a evolução dos eucariotas e estão hoje presentes nos seus descendentes contemporâneos, como as plantas e os insectos. Entre estes mecanismos estão a fagocitose, os peptídeos antimicrobianos designados defensinas, e o sistema complemento. Os vertebrados mandibulares, entre os quais o ser humano, desenvolveram mecanismos de defesa ainda mais complexos,1 entre os quais a capacidade de ao longo do tempo se adaptarem para reconhecer de forma eficiente agentes patogénicos específicos. Através da imunidade adquirida, o organismo cria memória imunitária na sequência de uma resposta inicial a um agente específico, o que lhe permite responder de forma mais eficaz a novos ataques pelo mesmo agente. O processo de imunidade adquirida é a base da vacinação.Os transtornos do sistema imunitário podem levar ao aparecimento de doenças autoimunesinflamações e cancro.2 3 Aimunodeficiência verifica-se quando a actividade do sistema imunitário é inferior ao normal, o que está na origem de infecções recorrentes e onde existe risco de vida. No ser humano, a imunodeficiência pode ser consequência de uma doença genética, de uma condição adquirida como o VIH/SIDA, ou do uso deimunossupressores. Por oposição, a autoimunidade é a consequência de um sistema imunitário hiperactivo que ataca tecido normal como se fosse um agente externo, como é o caso da artrite reumatóide ou a diabetes de tipo 1. A imunologia é a área científica que estuda todos os aspectos do sistema imunitário.
Sistema Linfático
sistema linfático é uma rede complexa de vasos e pequenas estruturas chamadas de nódulos linfáticos que transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos de volta para o sistema circulatório.1
O sistema linfático é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores.
O sistema linfático possui três funções interrelacionadas: (1) remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais, (2) absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório e, (3) produção de células imunes (como linfócitosmonócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).
Os vasos linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue chama-se linfa.

Tecido Hematopoiético

tecido hematopoiético é um tipo de tecido conjuntivo responsável pela produção de células sanguíneas e da linfa, e se localiza no interior de alguns tipos de ossos. Esse tecido é o precursor da medula óssea vermelha.
Durante a infância, grande parte dos ossos do corpo possui esse tipo de medula; na fase adulta, a medula vermelha é encontrada principalmente nos ossos pélvicos, no osso esterno, nas costelas e na clavícula. Na fase embrionária, as células sanguíneas são formadas nobaço e no fígado.
O sangue humano é composto por: plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. O plasma é uma solução aquosa de substâncias como proteínas, hormônios, gases, nutrientes, sais e excreções, e sua função é transportar tais substâncias por todo o corpo, o que possibilita às células receber o nutriente necessário ao metabolismo e expulsar metabólitos tóxicos.
As hemácias são as células mais abundantes no sangue, são anucleadas (seu núcleo é perdido durante a diferenciação celular), bicôncavas e providas de moléculas de hemoglobina, proteína que confere cor vermelha ao sangue. As hemácias são produzidas na medula óssea vermelha, a partir dos eritroblastos, células originadas pela diferenciação de células tronco mieloides e sua produção é ditada pela ação do hormônio eritropoetina, secretado pelos rins. As hemácias são responsáveis pelas trocas gasosas no organismo.
Os leucócitos são células esféricas e nucleadas, de tamanho maior do que as hemácias. A principal função dos leucócitos é proteger do corpo contra infecções por microrganismo ou outros corpos estranhos (partículas, toxinas, etc.) que adentrem nos tecidos. Cada tipo de leucócito tem um papel específico no combate a infecções.
As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos que se originam na medula óssea vermelha a partir dos megacariócitos, os quais são provenientes das células tronco mieloides. As plaquetas desempenham um papel fundamental na coagulação sanguínea.

Tecido Óseeo e Sistema Esquelético

Sistema esquelético

O conjunto de ossos e cartilagens que protegem os órgãos e permitem os movimentos forma o sistema esquelético, cujas as funções básicas são suporte, proteção, movimento, reserva de minerais (principalmente cálcio e fósforo) e produção de células sanguíneas (hematopoiese).
Tipos de ossos

Quase todos os ossos do corpo podem ser classificados em 4 tipos, de acordo com a sua forma:

Longos – mais compridos do que largos. Por exemplo, ossos da perna, braços, antebraços e dedos;
Curtos – aproximadamente mesmo comprimento e largura. Por exemplo, ossos do calcanhar e do pulso;
Chatos ou achatados – finos, em forma de lâmina. Por exemplo, ossos do crânio, costelas e externo;
Irregulares – não podem ser inseridos nos grupos anteriores. Por exemplo, vértebras e ossos da face.
A formação do tecido ósseo

A ossificação – formação do tecido ósseo – pode se dar por dois processos: ossificação intramembranosas e ossificação endocrondal.
No primeiro caso, o tecido ósseo surge aos poucos em uma membrana de natureza conjuntiva, não cartilaginosa. Na ossificação endoncondral, uma peça de cartilagem, com formato de osso, serve de molde para a confecção de tecido ósseo. Nesse caso, a cartilagem é gradualmente destruída e substituída por tecido ósseo.
Crescimento nos ossos longos

A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das pernas e os dos braços.
Nesses ossos, duas regiões principais sofrerão a ossificação: o cilindro longo, conhecido como diáfise e as extremidades dilatadas, que correspondem às epífises. Entre a epífese de cada extremidade e a diáfise é mantida uma região de cartilagem, conhecida como cartilagem de crescimento, que possibilitará a ocorrência de crescimento ósseo durante a fase de crescimento de uma pessoa.
Novas células cartilaginosas são constantemente geradas, seguidas da ocorrência constante de ossificação endocondral, levando a formação de mais osso. Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles efetuam constantemente a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo tecido ósseo é formado.

Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os osteoblastos exercem papel de construtores de mais osso. Nesse sentido o processo de crescimento de um osso depende da ação conjunta de reabsorção de osso preexistente e da deposição de novo tecido ósseo. Considerando, por exemplo, o aumento de diâmetro de um osso longo, é preciso efetuar a reabsorção da camada interna da parede óssea, enquanto na parede externa deve ocorrer deposição de mais osso.

O crescimento ocorre até que se atinja determinada idade, a partir da qual a cartilagem de crescimento também sofre ossificação e o crescimento do osso em comprimento cessa.
O esqueleto humano

Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. Ele constitui-se de peças ósseas (ao todo 208 ossos no indivíduo adulto) e cartilaginosas articuladas, que formam um sistema de alavancas movimentadas pelos músculos.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:
  1. Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica (em amarelo).
  2. Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores).

Tecido Cartilaginoso

Tecido cartilaginoso é uma espécie de tecido conjuntivo que possui consistência rígida. Sua função é a de sustentação dos tecidos moles, revestir superfícies de articulações, minimizando os choques nestas, além de auxiliar no deslizamento dos ossos  das articulações. Na vida intra-uterina e após o nascimento, este tecido é fundamental para a formação e crescimento dos ossos longos.
Este tecido é formado por células, chamadas de condrócitos (que se localizam em lacunas e são responsáveis por secretar colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas) e por um abundante material  extracelular. A função deste tecido vai depender da composição dele. Pode ser constituída de colágeno, ou colágeno mais elastina, juntamente com macromoléculas de proteoglicanas, ácido hialurônico e variadas glicoproteínas. Este tecido é nutrido pelos capilares do pericôndrio (tecido conjuntivo que envolve o cartilaginoso), já que não possui vascularização, bem como nervos e vasos linfáticos. Já as cartilagens que revestem os ossos das articulações móveis não possuem o pericôndrio, sendo assim recebem nutrientes do líquido sinovial presente nas cavidades articulares. Há casos, onde vasos sanguíneos atravessam a cartilagem para irem nutrir outros tecidos.
De acordo com a necessidade do organismo, ocorre a diferenciação das cartilagens em três tipos:
  • Cartilagem hialina: é a mais comum no organismo e sua matriz possui fibrilas delicadas de colágenos tipo II. É responsável por formar o primeiro esqueleto do embrião, presente entre a diáfise e a epífise de ossos longos, sendo responsável pelo crescimento do osso em extensão. Nos adultos, ela está presente na traquéia, na parede das fossas nasais, brônquios e extremidades das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos.
  • Cartilagem elástica: possui escassas fibrilas de colágeno tipo II e um grande número de fibras elásticas. É encontrada no pavilhão auditivo, no conduto auditivo externo, na trompa de Eustáquio, na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe.
  • Cartilagem fibrosa: possui matriz formada por fibras de colágeno tipo I. Este tipo de cartilagem é encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos de inserção de alguns tendões e ligamentos e na sínfise pubiana.

Tecido Adiposo

tecido adiposo é formado por células do tecido conjuntivo que acumulam lipídios (gorduras) em seu interior, nocitoplasma. Essas células, chamadas de Adipócitos, em sua maioria, são de forma esférica e maiores que as demais. A gordura armazenada nessas células servirá como fonte de energia para o organismo. Também constitui um excelente isolante térmico e isolante mecânico, pois absorve os impactos, impedindo que estes cheguem aos órgãos e os danifiquem.
Quando o organismo animal consome menos energia do que ingere, o excesso é guardado no tecido adiposo. É por isso que animais sedentários  (pouca atividade física - movimentação), são mais "gordos" que os que têm uma vida com maior movimento físico. O excesso de peso nos humanos não é bom, pois o aumento do volume e massa corpórea faz alguns órgãos trabalharem demais (como coração, pulmões, rins, etc), diminuindo o seu tempo de vida. Em ursos polares, o tecido adiposo é muito importante, pois assim conseguem resistir ao frio extremo, e os longos períodos de hibernação.
A classificação desses tecidos é feita tendo como critérios a pigmentação da gordura armazenada e a forma de organização:

Tecido adiposo branco (ou unilocular)

Suas células apresentam forma de esfera, tendo em seu interior uma grande quantidade de lipídios, em uma "gota", tanto que o núcleo achatado e o citoplasma são deslocados do centro. A quantidade de substâncias fundamentais é menor que em outros tecidos.
Esse tecido é bastante irrigado por vasos sanguíneos. Em torno das células está uma vasta rede de fibras reticulares, que dão sustentação à massa gordurosa.
O nome vem da coloração, que está entre o branco e amarelo escuro, dependendo da alimentação do indivíduo. É tecido que forma o Panículo Adiposo, que fica sob a peleabsorvendo impactos e funcionando como isolante térmico.
Células do tecido conjuntivo podem se diferenciar para formar esse tecido.

Tecido adiposo pardo (ou multilocular)

As células desse tecido são menores que as do unilocular, pois ao invés de uma grande "gota" de gordura, é constituída por diversas gotículas (vacúolos), que se espalham por todo o citoplasma. São ricas em mitocôndrias, organelas que produzem energia e calor. Os animais hibernantes têm bastante desse tipo de tecido, pois o calor produzido irá manter a temperatura do corpo em períodos longos de frio. Nesses animais, durante a hibernação, o sangue que fica na rede de vasos sanguíneos dentro desses tecidos se aquece, sendo "bombeado" para outras partes do corpo na hora do despertar para o verão, fazendo o organismo voltar a funcionar completamente.
Nos seres humanos, esse tecido é mais importante nos recém-nascidos, para protegê-los do frio. É um tecido que só é formado enquanto o bebê está no ventre, não sendo mais produzido na vida pós-natal.